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sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Encontro de Sábado" da JUBE Serviluz!

Salve galera!!

É de uma felicidade do tamanho do mundo que iniciamos no dia 14/05 o nosso primeiro "encontro de sábado", isso mesmo que vc leu! O nosso primeiro "encontro de sábado" em um local completamante diferente do habitua.

Quer saber aonde foi?

Tudo bem, vou dizer!

Numa pizzaria!!!!

A M&V Pizzaria nos cedeu o espaço com muito carinho. Pra falar a verdade, chegamos e sentamos sem pedir licença!! Rsrsrsr!!!!

Tivemos momentos maravilhosos onde falamos de propósitos, visão e valores da JUBE Serviluz.

Deixamos claro que nosso ministério existe para EVANGELIZAR jovens não-cristãos, UNI-LOS a outros cristãos, ajudá-los a DESENVOLVER em sua fé e encorajá-los a continuamente DESCOBRIR seu ministério e ADORAR a Deus com suas vidas.


A nossa VISÃO é de ser um referencial de juventude cristã na comunidade.

E não podemos esquecer os nossos VALORES!

E como ponto de partida para nossos valores, citamos ter um relacionamento íntimo com Deus, estando tete-a-tete com nosso Pai querido.

Outro valor que não podemos deixar escapar é de um ensino Bíblico que transforme vidas, que restaure caráter.

O respeito ao ser humano, coroa da criação de Deus é outro importantíssimo valor.

Os relacionamentos sinceros deve ser o nosso alvo para uma juventude equilibrada.

A excelência em tudo o que fizermos precisa fazer parte de nossos corações.

A descoberta e a oportunidade de praticar os dons que cada jovem tem é um dever que nossa igreja precisa conhecer.

A nossa liderança não deve ser acuada, autoritária, mas participativa.

A nossa juventude não é um grupo fora da igreja, ela é a igreja, se envolve com a igreja, se interage com a igreja.

A nossa juventude é uma juventude que dá exemplo de boa conduta, pois acreditamos que ser jovens é também ser responsáveis.

Agradeço aos jovens que participaram desse encontro!


Iago

Daniele

Rayssa e Eliesio

Felício e Jaqueline

Heraldo

Grazy

Greiceany

Alexsandra

Nardier


Em breve diremos o dia do nosso próximo "encontro de sábado" e aguardamos você para compartilharmos sonhos!!!

Fiquem na Paz!!!

Nardier





segunda-feira, 9 de maio de 2011

Jovens com uma paixão

Ao completar 50 anos, Jocum continua fiel ao ideal de fazer Cristo conhecido em todas as nações.

Voluntárias da Jocum, em trajes locais, distribuem suprimentos a refugiados paquistaneses: socorro cristão.





Por John W. Kennedy





Julho de 2010. Enquanto as chuvas de monções inundam o Paquistão, o mundo se mobiliza para socorrer os mais de 20 milhões de vítimas entre mortos, feridos e desabrigados. As enchentes do último verão foram apenas mais uma tragédia num país já vitimado pela miséria e pela instabilidade política e econômica. Um quinto de todo o território paquistanês ficou debaixo d’água, trazendo à imensa população do país riscos imediatos como a fome e a disseminação de doenças. Em meio a diversas entidades internacionais de apoio humanitário, organizações não-governamentais, grupos civis e instituições religiosas que foram para lá, centenas de estudantes evangélicos mobilizam-se para prestar socorro. Eles são alunos da Escola de Treinamento e Discipulado (Eted) de Karachi, a capital do país. Aspirantes a missionários, aprenderam desde cedo que, para fazer Cristo conhecido pelos povos, é preciso legitimar a pregação com ações concretas em favor do próximo – exatamente como o próprio Filho de Deus ensinou enquanto andou por este mundo.



Corta para o passado. Num belo dia no ano de 1960, um certo Loren Cunningham também ficou interessado em dar algum sentido à sua vida espiritual além dos cultos de domingo. Contando com dois amigos crentes e um mimeógrafo usado, montou na garagem de sua casa, em Los Angeles (EUA), um escritório missionário. A ideia inicial era incentivar outros jovens evangélicos a usar um pouco de seu tempo para anunciar a Palavra de Deus e fazer algo útil a alguém. Os voluntários deveriam estar conscientes de sua responsabilidade espiritual perante os perdidos e ser capazes de prover o próprio sustento, fosse com recursos pessoais ou através de doadores. A coisa cresceu, mais e mais pessoas foram se envolvendo e o projeto de Cunningham se transformou numa das mais bem sucedidas iniciativas missionárias de todos os tempos. Uma verdadeira multinacional da fé.



Os dois episódios estão separados por 50 anos, mas fazem parte do mesmo contexto. Jovens com uma Missão (Jocum), a entidade fundada por Cunningham, é a mesma que prestou socorro ao povo do Paquistão e hoje atua em mais 170 países, sob o lema “conhecer a Cristo e fazê-lo conhecido” – inclusive no Brasil, onde o ministério foi instalado em 1975 pelo casal de missionários Jim e Pamela Stier. Os jocumeiros, como os membros da missão são chamados, dão conta de um leque enorme de ministérios: cuidam de refugiados chechenos que vivem na Polônia; reconstroem vilas birmanesas depois da passagem do devastador ciclone Nargys; compartilham o Evangelho em grandes eventos como a Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos; abrigam filhos de prostitutas na Índia; ensinam populações africanas a melhorar a produção rural com técnicas simples; montam ambulatórios médicos em regiões conflagradas, das zonas de guerra no Oriente Médio aos morros do Rio de Janeiro; distribuem bíblias em regiões tão diversas como a periferia do Cairo, no Egito, e a Patagônia, extremo sul do continente americano. A isso, soma-se um sem-número de atividades, os chamados impactos evangelísticos, e variadas ações missionárias no contexto urbano, através de apresentações artísticas e muita criatividade.



 O resultado disso tudo vai além da pescaria de almas para Cristo, promovendo também mudanças sociais significativas. “Nós estamos trazendo a mensagem de que Deus os ama e de que queremos ajudá-los”, resume Liz Cochrane, missionária de ascendência suíça que acionou seus contatos com empresários americanos a fim de levantar fundos para a compra de 100 mil filtros para contornar a falta da água potável para os refugiados paquistaneses. Aos 48 anos de idade, ela tem o perfil do jocumeiro típico, que não se detém diante de riscos e desconfortos para fazer a obra. Em 1985, ela chegou a ser presa no Nepal por pregar o Evangelho, então proibido no pequeno país asiático. Para ela, assim como para os cerca de 4 milhões de pessoas que já atuaram na Jocum neste meio século, o maior perigo é ficar longe do centro da vontade de Deus.



Responsabilidade e inovação – Evangelismo, preparação e misericórdia são os três pilares da atuação da Jocum nos cinco continentes.Com força de trabalho da ordem de 17 mil missionários ativos – mais de 50%, não-ocidentais –, um dos maiores desafios da Jocum é prover treinamento e discipulado a toda essa gente. Cada aspirante, independente da nacionalidade, denominação ou idade, deve frequentar um curso obrigatório de seis meses nas Escolas de Treinamento e Discipulado, oferecido nas mais de 1,2 mil bases da missão em todo o mundo (ver abaixo). Depois disso, os estudos podem ser estendidos em bacharelado e mestrado na Universidade das Nações, uma escola nada convencional. A instituição usa o sistema modular, oferecendo foco intensivo em um tópico, seguido pela prática experimental no campo.



Ciente de que os novos rumos da obra missionária demandam mão de obra especializada, inclusive para furar o bloqueio legal à entrada de cristãos em pelo menos um terço dos lugares onde atua, a Jocum forma “fazedores de tendas”. É gente que, à semelhança do apóstolo Paulo, desenvolve uma atividade profissional paralela ao trabalho evangelístico. Cursos dos mais variados, nas áreas de saúde, tecnologia, aconselhamento, magistério e linguística, entre dezenas de outros, são ministrados paralelamente ao ensino bíblico e teológico. Tudo para que o obreiro possa aproveitar todas as oportunidades de falar do amor de Cristo a toda criatura. Viagens missionárias de curta duração durante o verão, blitzen evangelísticas em grandes eventos e assistência médica através de navios-hospitais só algumas das ações criadas pela Jocum. “Quanto mais inovador o ministério, melhor”, diz David Joel Hamilton, vice-presidente de Estratégias da missão.



Descentralização é mesmo a palavra de ordem, e embora exista um conselho chamado Equipe de Liderança Global (GLT, na sigla em inglês) formado por 45 líderes regionais e internacionais, cada base nacional da Jocum tem autonomia administrativa e financeira, planejando suas viagens ao campo, bem como programas de treinamento, recrutamento de obreiros, captação de recursos e determinação de prioridades ministeriais. Enxugar a maquina, reduzindo os cargos administrativos ao mínimo indispensável, foi a maneira encontrada para que a quase totalidade dos recursos disponíveis seja usada nos projetos e impactos. Ninguém é assalariado; cada missionário levanta a sua rede pessoal de mantenedores e assume a responsabilidade pelo próprio sustento.



Atualmente, o presidente internacional da missão é o neozelandês John Dawson. Aos 75 anos de idade, Cunningham permanece ativo, embora não exerça mais a liderança formal da obra. Extremamente respeitado pelo seu legado, ele comemorou os 50 anos de ministério com um tour global, ao lado de Darlene, sua mulher e companheira de missões. Eles participaram de mais de quarenta celebrações regionais, incluindo o Nepal e a Mongólia, onde o trabalho cristão enfrenta sérias barreiras legais e culturais. A festa do cinquentenário culminou no quartel-general da Jocum, em Kailua-Kona, no estado americano do Havaí, no fim de novembro. “Não conheço mais ninguém que, como ele, tenha perseguido o escopo da grande comissão indo a cada país do mundo”, elogia Steve Douglass, presidente de campo da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo Internacional, instituição parceira de Jovens com uma Missão.



Cunningham continua levando avante seu sonho de ver milhões de jovens evangelistas vindos dos quatro cantos do globo e invadindo pela fé as nações. Na Universidade das Nações do Havaí, ele é um professor acessível a todos os alunos que desejam abraçá-lo e bater um papo. “Ele é um excelente contador de histórias e sempre deixa a mente dos jovens fascinada, capturando sua atenção”, diz Don Stephens, que serviu como líder sênior na Jocum por três décadas. Quem não conhece sua trajetória não acreditaria nos perigos que Cunningham já enfrentou para levar o Evangelho, desde um avião sem combustível caindo numa floresta do Togo a doenças endêmicas em regiões afetadas por surtos de hepatite e malária – sem falar num acidente de carro, logo no início do ministério, do qual Darlene saiu praticamente morta e recobrou o fôlego após uma oração desesperada do marido. Desde então, o fundador nunca mais perdeu a sua profunda confiança em Deus, a qual, garante, é o que lhe sustenta.



“Compartilhamos sonhos” – “Estou há 20 anos na Jocum e minha motivação para participar desse ministério foi a forma como a organização encara os desafios missionários”, diz Vida, uma jocumeira brasileira. O nome é fictício, já que, na nação onde ela atualmente trabalha, os evangelistas correm risco real de vida se suas atividades forem descobertas. A obreira conta histórias que mais parecem enredo de filme de ação, mas o que realmente a empolga é seguir o chamado. “A paixão de todo jocumeiro é realmente conhecer mais a Deus e fazê-lo conhecido”, recita. Para Vida, a paixão pelas almas e o desafio de sempre caminhar por fé é o que leva as pessoas a se integrarem a Jovens com uma Missão. “Temos acesso a excelentes cursos ligados à Universidade das Nações, que treinam e qualificam o missionário para o ministério”, descreve.



As diferentes escolas e cursos de treinamentos normalmente funcionam nas bases da Jocum e, paralelamente ao aprendizado, diversos projetos são desenvolvidos. Os de maior visibilidade são os impactos evangelísticos em datas específicas como réveillon e carnaval, além de celebrações religiosas como o Círio de Nazaré, em Belém (PA) e as romarias em honra à santa católica Senhora de Aparecida, no interior de São Paulo. É possível envolver-se apenas por determinado período, como as férias escolares. Tudo isso faz com que a passagem pela missão marque para sempre a vida espiritual dos jocumeiros. “Aprendemos a viver em comunidade; trabalhamos e estudamos juntos, compartilhando sonhos”, comenta Vida.



O paraibano Pedro Bezerra de Souza, carinhosamente chamado de Tio Pedro, é outro evangelista entusiasmado. Desde 1991, ele é o diretor de eventos de impacto na base de Contagem (MG). “O amor pelos perdidos e o desejo de levar outros a ter a mesma experiência de salvação é que me trouxe para cá”, conta. Na sua região, ele coordena atividades sociais e evangelísticas que incluem a evangelização de adeptos do candomblé na festa anual de Iemanjá, na Lagoa da Pampulha, e de turistas no Festival de Inverno de Ouro Preto. “Também organizamos almoços e palestras para as profissionais do sexo que fazem ponto na zona boêmia de Belo Horizonte”, conta. Incansável, Pedro tem se empenhado ultimamente em ajudar a levantar fundos para socorrer igrejas afetadas pelo terremoto no Haiti.



O presidente nacional, Wellington Oliveira, resume o espírito que norteia o trabalho: “Somos um organismo, e não uma organização. Uma família de ministérios cujo maior patrimônio são as pessoas”. Na Jocum há 28 anos, ele diz que a missão é um grupo que está atento às mudanças e tem adequado suas estratégias de acordo com as demandas. Foi assim, por exemplo, que obreiros ligados à entidade encabeçaram um movimento contra o infanticídio praticado por alguns povos indígenas, bem como na mobilização nacional contra a pedofilia. “Também apoiamos trabalhos desenvolvidos por igrejas locais”, diz o dirigente. Wellington admite que a ênfase dada a missões perdeu sua intensidade nos últimos anos, mas acredita que a vocação ministerial da juventude cristã não arrefeceu totalmente: “O crescimento do número de jovens que nos procuram é a prova disso”. É preciso, segundo ele, estar atento às mudanças de foco. “Como somos um mundo predominantemente urbano, é natural que, principalmente no Brasil, tenhamos as estratégias da juventude majoritariamente com esta ênfase.”



Multinacional da fé


171 países têm alguma atividade da Jocum em andamento

17 mil é o número aproximado de obreiros ativos hoje

4 milhões de pessoas já atuaram na missão

50 mil alunos passam todos os anos pela Universidade das Nações

1,2 mil centros de atividades missionárias estão em funcionamento no mundo

13% é a taxa anual de crescimento médio da quantidade de missionários

1,3 mildos obreiros em atividade na Jocum são brasileiros

53 são os escritórios e centros de treinamento missionário no Brasil

100 países contam com o trabalho jocumeiros brasileiros



Vi no http://cristianismohoje.com.br/interna.php?subcanal=34&id_conteudo=704

domingo, 8 de maio de 2011

Para não virar a cabeça

Ao que parece, o alerta de nossos avós sobre os perigos de ingressar na faculdade não eram tão ingênuos assim. “Cuidado, meu filho, pra não virar a cabeça” -- diziam eles. Recentemente, o Barna Group, organização americana especializada em pesquisas, constatou que apenas 20% dos estudantes que foram discipulados durante a adolescência permaneceram espiritualmente ativos quando chegaram aos 29 anos. Certo missionário, ao relatar sua experiência com a igreja na Inglaterra, descreveu a congregação como um “campo de algodão”, referindo-se à quantidade de cabeças brancas presentes -- lá, a igreja já é majoritariamente frequentada pela terceira idade.
Embora a estatística seja americana e a tão falada “era pós-cristã” pareça estar longe de um Brasil avivado e missionário, podemos encarar os dados como um alerta. Afinal, não seria a primeira vez que uma tendência surgida além-mar respingaria por aqui. Só que em vez de deixar que a possibilidade de sermos influenciados sirva de combustível para um patriotismo desmedido, podemos encarar o fato como algo positivo: é possível observar as tendências e tomar precauções.


Em um artigo para a revista “Mission Frontiers”, Chuck Edwards e John Stonestreet, do Summit Ministeries, organização que lida especialmente com jovens universitários e suas crises, apontam algumas razões para o afastamento dos jovens: “o aumento de professores liberais” (que passam sua aversão ao cristianismo para os alunos, que se tornam “presas da retórica anticristã”), “a ausência de fundamentação adequada” (muitos estudantes se dizem cristãos, mas são incapazes de explicar por que acreditam no que acreditam) e “uma visão errada do cristianismo” (enquanto uns se opõem a ele, outros simplesmente não o entendem).


Mas como ajudá-los? Stonestreet faz um alerta: em vez de tentar fazer com que o cristianismo pareça atraente e divertido para os jovens, devemos nos preocupar em garantir que isso que estamos transmitindo seja de fato cristianismo.



Devemos desafiá-los em vez de mimá-los -- os estudantes não precisam de mais entretenimento. O ipod, a internet e os amigos já são suficientes. “Nunca os prepararemos efetivamente para encarar essa cultura movida a entretenimento se simplesmente a substituirmos por entretenimento cristão.” Os estudantes precisam ser desafiados com perguntas difíceis e dilemas culturais.



Devemos oferecer a eles uma educação completa sobre apologética e visão de mundo. “Os estudantes cristãos frequentemente têm a impressão de que somos salvos ‘de’, e não ‘para’.” Muitos conhecem a Bíblia, mas não pensam biblicamente. Eles precisam saber no que creem e também no que os outros creem.



Devemos mostrar não somente a que nos opomos, mas também o que defendemos. Muitos estudantes são vítimas de escolhas imorais porque lhes falta uma visão maior de suas vidas. Muitos sabem mais sobre o que é proibido do que sobre o propósito para o qual Deus os chama.


Finalmente, devemos confrontá-los com as grandes batalhas culturais dos nossos dias, e não isolá-los. O cristianismo não é uma religião ascética ou uma filosofia dualística. Seus seguidores são chamados a mergulhar no significado histórico e cultural da humanidade. A oração de Jesus é reveladora: “Não tire-os do mundo, mas proteja-os do mal” (Jo 17.15).


Apesar das estatísticas, John Stonestreet tem boas expectativas: “Eles [os jovens de hoje] serão melhores do que a minha geração. Eles vão amar mais a Deus, servir melhor, se preocupar de forma mais profunda e pensar de forma mais clara. Eles querem ler bons livros e querem viver por algo maior do que eles mesmos”. Esperamos que ele esteja certo e as tendências, erradas.


Vi no http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/326/para-nao-virar-a-cabeca

De gerações e emblemas






Ao participar de uma mesa redonda sobre juventude e participação política, fizeram-me a seguinte pergunta: a juventude atual é alienada, descomprometida ou mal informada?

Responder de maneira simplista ou automática pode nos levar a um reducionismo. Precisamos ter em mente aquilo que é “emblemático”, de acordo com a orientação do antropólogo Gilberto Velho, pois o que caracteriza um grupo, aquilo que é seu “emblema”, nem sempre é compartilhado pelo conjunto. Velho argumenta que talvez nem 10% dos jovens dos anos 60 tenham participado do movimento estudantil, assim como nem todo adolescente urbano de hoje frequenta raves ou consome ecstasy.

A socióloga Maria Isabel Mendes de Almeida, que publicou um estudo em que compara a época da contracultura dos anos 60 e a de hoje, diz que o roteiro do jovem de agora está “bem distante de questionamentos políticos ou culturais. Não quer a ruptura, o pai dele já fez isso; quer a continuidade”.

O jornalista e escritor Zuenir Ventura afirma que aquela geração, marcada pelo ano de 1968, “queria tudo a que não tinha direito; a atual tem tudo que precisa, e por isso se apresenta cheia de ambiguidades e paradoxos. [...] Desapegada ideologicamente, essa turma bem de vida e de poder aquisitivo não se interessa pela política, não tem preocupações sociais e não protesta nem contesta, pelo menos não da forma como faziam os seus antepassados quarentões ou sessentões, anárquicos ou rebeldes”.1

Em 2007, no jornal “O Globo”, em caderno especial (e esclarecedor) sobre os jovens nascidos a partir de 1983, a editora Nívia Carvalho explicou que essa é uma turma que “vive conectada e gosta de dar publicidade aos seus atos em redes sociais, fotologs e álbuns na web. São jovens que elegem o bem-estar como valor maior e buscam dinheiro e fama”.

Até que ponto a juventude cristã está sendo influenciada e conformada por essa mesma cosmovisão? Nossas igrejas e movimentos de juventude têm oferecido um modelo opcional ao que é “emblemático” nessa geração?

Ao tomar como marco para os próximos 10 anos da ABUB a tríade “Uma só vida, uma só verdade, um só Senhor”, queremos propor uma agenda de intenções; algo que queremos primeiramente viver, para depois compartilhar com nossa geração. Temos a responsabilidade (e o privilégio!) de expressar, com nossas palavras e nossa vida, uma nova realidade que já se faz presente entre nós, por meio da vida e da obra de Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado. Conscientes de que nosso comprometimento com a singularidade, a supremacia e a suficiência “de um sujeito mortalmente pregado à cruz e inteiramente despregado das prioridades usuais deste mundo é para o observador isento escândalo, insensatez e vergonha”.2

Insensatez, para uma geração ávida pela prosperidade material, porque esse Jesus sustenta que “a vida é sólida e a ganância é rala, e logo não faz sentido adquirirmos o mundo inteiro e ver a vida escorrer, sem consistência, na peneira final”. “Uma só vida” tem algo a ensinar a esta geração?

Escândalo, para uma geração ávida pelo êxito e dependente da competição, porque esse Jesus, por meio da sua doutrina e da sua vida (e morte!), ensina que “o sucesso se obtém no mais inequívoco fracasso e a grandeza na mais abjeta humilhação”. “Uma só verdade” tem algo a apresentar a esta geração?

Vergonha, para uma geração ávida pela satisfação pessoal e pela permissividade, porque Jesus exige humilde submissão, e para participar desta nova realidade a pessoa “tem de pagar o mico de reconhecer-se não melhor que ninguém”. “Um só Senhor” tem algo a esperar desta geração?


• Reinaldo Percinoto Jr., casado com Maria e pai de João Marcos e Daniel, é secretário-geral da ABUB.


Notas
1. Zuenir Ventura. “1968: o que fizemos de nós.” São Paulo: Planeta do Brasil, 2008.
2. Paulo Brabo. “A bacia das almas: confissões de um ex-dependente de igreja.” São Paulo: Mundo Cristão, 2009.



Vi no http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/326/de-geracoes-e-emblemas

Marcado na juventude e pela juventude






Carlos René Padilla, 78, conta que no ensino médio sua fé cristã foi pela primeira vez colocada à prova por professores ateus e marxistas, que perguntavam: “O que vocês, cristãos, propõem a fim de eliminar a injustiça? Seu Deus se preocupa com as vítimas da injustiça?”. René não tinha como desconsiderar a relevância destas perguntas tanto por sua história familiar, de luta pela sobrevivência, como pela de seu país. Depois de ter estudado filosofia e teologia nos Estados Unidos e de ter-se casado aos 31 anos, em 1963, assumiu o trabalho com a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (CIEE) na América Latina. Agora, eram os estudantes cristãos que lhe faziam perguntas.

Entrevistado pelo Conselho Editorial Jovem de Ultimato, em outubro de 2009 (entrevista disponível em www.videolog.uol.com.br/video?496511), René conta que o nascimento da missão integral na América Latina se deu aí. Juntamente com os jovens amigos Samuel Escobar e Pedro Arana, começou um processo de reflexão que os levou à certeza de que Deus se interessa pela totalidade da vida humana e da pessoa em comunidade. René Padilla acha que os jovens estão na posição privilegiada de construir coisas novas sobre o que é positivo da geração anterior e que cabe a eles “o papel de conscientizar o povo de Deus sobre os problemas que afetam a humanidade, não somente a igreja”. E conclui: “Tenho muita esperança na nova geração”.



Mães de joelhos, filhos em pé!






Por mais que os filhos cresçam, para as mães eles serão sempre “seus filhos”. Por isso, ninguém ora por eles como a mãe. Muitos jovens evangélicos brasileiros não imaginam que há um batalhão de pais e mães espalhados em todos os estados do Brasil e em muitos países orando por eles de forma específica. Como fruto do trabalho da Mocidade para Cristo, o movimento Desperta Débora (www.despertadeboras.com.br) começou em 1995 com a visão de levantar uma geração de jovens comprometidos em levar o evangelho de Jesus aos quatro cantos da terra. Todos os dias, mais de 70 mil mães e pais investem pelo menos 15 minutos do seu tempo em oração pelos filhos -- naturais e espirituais.

Ao longo dos anos, o movimento tem se expandido e hoje está presente em presídios, escolas, associações de bairro etc. E ele conta ainda com o Disque-mãe: voluntárias dispostas a oferecer, a qualquer hora, apoio, ânimo, encorajamento, companheirismo e aconselhamento para jovens. O Desperta Débora não é o único -- há outros grandes círculos de oração pelos filhos.

Em Recife existe um movimento com características opostas: filhos que oram pelos pais. Porque há um grande número de jovens convertidos cujos pais não são crentes, eles oram por sua conversão.







Passando a perna nas estatísticas






"A chance de um brasileiro, entre os 20% mais pobres, de mãe com menos de 25 anos atingir o último ano do Ensino Superior é menor do que as chances de um brasileiro morrer por conta de um raio (1,3 em 10 mil e 1,9 pessoas em 10 mil, respectivamente)."

Ainda que não tão drásticos, os dados recentemente divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral de que um em cada cinco brasileiros (27 milhões) não foi à escola ou é analfabeto, e de que o país tem ainda mais eleitores analfabetos do que formados numa faculdade têm que nos chocar.

Dos jovens que responderam à pesquisa “Juventude Evangélica”, realizada pela editora Ultimato, mais de 80% são universitários ou já concluíram seus cursos. Um retrato inverso ao da sociedade brasileira.

No entanto, é tremendamente inspirador tomar conhecimento de resultados que passam a perna nas estatísticas. Contra todas as probabilidades, coisas incríveis podem acontecer. Este é o caso do Programa de Educação em Células Cooperativas (www.prece.ufc.br), em Fortaleza, CE, que organizou Escolas Populares Cooperativas (EPC’s) em oito municípios cearenses. Em 16 anos de atuação, 412 estudantes já puderam ingressar no ensino superior através desse programa, a maioria deles na Universidade Federal do Ceará. Mais de sessenta já estão graduados, incluindo os doze que cursam mestrado ou doutorado. Nas EPC’s, os estudantes se organizam em células de aprendizagem, se ajudam para ingressarem no ensino superior e, após o ingresso, retornam para as comunidades de origem para ajudarem outros a fazerem o mesmo e para promoverem desenvolvimento local.

Que os jovens com curso superior sejam gratos por este privilégio. Que não se intimidem com estatísticas e probabilidades e sejam promotores de justiça e misericórdia com os menos privilegiados.



Vi no http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/326/passando-a-perna-nas-estatisticas

Sem botox nem lipo






2009 foi o “Ano das Juventudes” na Editora Ultimato. Por meio do oferecimento de assinaturas a 9 reais e 90 centavos, em menos de um ano quase 3 mil jovens se tornaram leitores da revista Ultimato. Hoje, são cerca de 2 mil assinantes com até 29 anos. A biografia de Simonton -- Mochila nas Costas e Diário na Mão --, lançada no 150º aniversário de sua chegada ao Brasil, teve o título e linguagem definidos por jovens. A Arte e a Bíblia, de Francis Schaeffer, lançado em 2010, também tem o objetivo de se aproximar desse público. A editora apoiou vários eventos destinados às juventudes e a revista Ultimato ganhou a seção “Altos papos”, feita para jovens e por jovens. Muitos artigos escritos por jovens foram publicados no site e no blog da editora, além de ingressarmos em espaços bastante procurados pelos jovens, como twitter, orkut e youtube.

Agora, há um site dedicado aos jovens (www.ultimato.com.br/sites/jovem). Nele há espaço para compartilharem trabalhos artísticos e textos que produzem, como o do historiador recém-formado Flávio Amaral, de Natal, RN, abeuense, presbiteriano, que estudou o franciscanismo, e o das estudantes de comunicação Pabline Félix e Ana Cláudia, de Belo Horizonte, da Caverna de Adulão e da Batista Getsêmani, respectivamente, que fizeram um “álbum de família” com fotos e versículos bíblicos de cristãos de todos os “tipos”.

Certa jovem, leitora de Ultimato há muitos anos por meio da assinatura dos pais, escreveu a propósito das ações voltadas para os jovens: “Que Ultimato continue rejuvenescendo naturalmente, sem botox nem lipo!”.



Um retrato da juventude evangélica -- crenças, valores, atitudes e sonhos






Em 1968, o então jornal Ultimato, noticiando o aniversário de 17 anos da Mocidade Para Cristo, divulgou alguns dados da entrevista feita pela revista Manchete com estudantes universitários para reforçar “o já conhecido declínio da religião entre os jovens: três em cinco universitários reconhecem que são menos religiosos que seus pais, 40% declaram pertencer à religião apenas por tradição e 69% deles julgam que a humanidade se afasta cada vez mais das ideias de Cristo”.


Uma recente reportagem da revista Época (“Jovens redescobrem a fé”) cita dados da Fundação Getúlio Vargas para mostrar o atual fervor religioso dos jovens. Mais de 90% dos jovens brasileiros entre 20 e 24 anos declaram ter alguma crença. Em comparação com as outras faixas etárias pesquisadas, o número é o mais alto de todos. Dos jovens entre 20 e 24 anos, 14,16% se declararam evangélicos, 73,5% afirmaram que são católicos, 2,96% creem em outras religiões e 9,38% se definem como sem-religião.


Os dados obtidos pelo Instituto alemão Berelsmann Stifung, a partir de pesquisa feita em 21 países, coloca o jovem brasileiro como o terceiro mais religioso do mundo, perdendo para os nigerianos e guatemaltecos. Entre os jovens brasileiros, 95% se dizem religiosos e 65% afirmam que são profundamente religiosos.


Mas quem são, o que pensam e o que fazem esses jovens religiosos? E os jovens evangélicos? A pesquisa “Juventude Evangélica: crenças, valores, atitudes e sonhos”,* feita pela Editora Ultimato em julho de 2010, responde parcialmente a essas perguntas. Os resultados não podem ser generalizados. O que se tem é o retrato parcial de uma das juventudes evangélicas: jovens direta ou indiretamente ligados à editora. A esse viés se juntam a metodologia usada para a pesquisa (internet) e -- derivado de sua ligação com Ultimato -- o fato de se concentrarem nas igrejas históricas (apenas 19% são de igrejas pentecostais). Para exemplificar os contrastes entre essa amostra e a juventude em geral: entre os que responderam a pesquisa, a quantidade de jovens que estão cursando ou que já concluíram algum curso superior é de mais de 80% -- uma taxa inversa a da população brasileira total. (veja Passando a perna nas estatísticas).


Com isso em mente, é possível obter muitas informações e conclusões interessantes e surpreendentes!


A pesquisa
O questionário foi preenchido por 1960 jovens entre 13 e 34 anos. Todos os estados foram representados, sendo que os de maior representatividade foram São Paulo (20%), Rio de Janeiro (19%) e Minas Gerais (13%).


Ao todo, 61% deles moram com os pais -- quase a mesma porcentagem de jovens solteiros (68%). Dos motivos para a permanência na casa dos pais, 22% alegam não ter dinheiro para se sustentar sozinhos e 17% alegam ter um bom relacionamento com os pais e gostar da companhia deles. Entre os outros motivos alegados, alguns disseram não sair de casa porque ainda não casaram e alguns disseram que não podem sair porque apoiam a família financeira ou emocionalmente. Parece que eles estão cumprindo à risca a ordem: Deixará o homem a sua família...


Sobre ser jovem
As respostas às perguntas sobre a melhor e a pior coisa em ser jovem têm forte ênfase no futuro, como era de se esperar. A maioria respondeu que a melhor coisa em ser jovem é ter um futuro cheio de diversas possibilidades (65%). Quanto à pior coisa, 35% concordam que é a preocupação com o futuro e 32% acham que é a insegurança ou medo de tomar decisões. Apenas 2% acham que é não ter emprego e 3% que é o controle dos pais.


Entre as três atividades que mais ocupam os jovens nos fins de semana estão: ir à igreja (85%), navegar na internet (48%) e sair com os amigos (47%). As três atividades de um fim de semana ideal são: ir à igreja (91%), sair com os amigos (63%) e sair com o namorado (44%). As atividades de lazer estão mais restritas à televisão e à internet. A comparação entre o que é considerado ideal e o que eles de fato fizeram no último fim de semana revela um pouco de suas ambiguidades. Nem todas as atividades consideradas ideais estão entre as atividades realizadas. As maiores discrepâncias são: apenas 9% acham que navegar na internet é uma atividade ideal, mas quase 40% fizeram isso no fim de semana; apenas 4% acham que assistir televisão é uma atividade ideal, mas 28% disseram ter feito isso no fim semana; e 44% disseram que sair com o/a namorado/a é uma atividade ideal, mas apenas 19% disseram ter feito isso no fim de semana.


Sobre militâncias
A maior participação se dá em grupos e movimentos jovens vinculados a igrejas: cerca de 79% dos jovens participam, 14% não participam, mas gostariam de participar, e apenas 4% não gostariam de participar. A maior rejeição se dá com relação à participação em partidos políticos: 72% dos jovens não participam e não gostariam de participar. Os dados sobre a participação em movimentos ambientalistas, voluntários em ONGs e em trabalhos comunitários colocam em evidência o potencial mobilizador das organizações sociais para tantos jovens com predisposição de serem voluntários. Estranha-se a porcentagem de 29% para os que não participam e não desejam participar de movimentos ambientalistas, já que esta é uma opção tão em voga atualmente. A participação (32%) somada à predisposição para participar em movimentos estudantis (28%) é um dado surpreendentemente alto.


Segundo os jovens, os três principais problemas do Brasil são a distância de Deus (44%), a desigualdade social (13%) e a má administração pública (12%). Houve grande concentração em uma resposta religiosa, enquanto problemas mais estruturantes tiveram um índice relativamente baixo. 


Sobre personalidades
Os entrevistados foram solicitados a citar o nome de uma pessoa, conhecida do público geral, brasileira ou não, que eles admirassem. As respostas citam principalmente personalidades ligadas à política, esporte, artes e literatura. Apenas quatro pessoas foram lembradas por mais de oitenta jovens (equivalente a 5% dos entrevistados), o que mostra grande diversidade de opiniões. O nome mais citado foi o de Marina Silva, admirada por 140 pessoas. Kaká foi citado por 119, Lula por 114 e Nelson Mandela por 81 pessoas. Jesus foi lembrado por 58 e Bono Vox por 45. Martin Luther King Jr. foi citado por quarenta e Angelina Jolie, por 22. Foram lembrados também os nomes de Cristovam Buarque (19), José Alencar (18), Silvio Santos (17), C. S. Lewis (17), Obama (17), Luciano Huck (13), Steve Jobs, Madre Tereza e Ayrton Senna (12), Bernardinho (11) e Lutero (10). Dez pessoas disseram admirar o próprio pai. Ao todo foram citados 240 nomes.


Entre as pessoas mais admiradas, conhecidas no meio evangélico, foram citados 340 nomes, e a dispersão de votos foi ainda maior, o que demonstra mais uma vez a falta de unanimidade. O mais citado é Silas Malafaia (105), seguido por Ana Paula Valadão (75), Kaká (56), Ariovaldo Ramos (53), Jesus (45), Ed René Kivitz (45) e Caio Fábio (43). Algumas pessoas dizem admirar Ricardo Gondim (38), C. S. Lewis (29), Ronaldo Lidório (27), Fernanda Brum (27), Russel Shedd (25), Marina Silva (25), Billy Graham (24) e John Piper (23). Dez pessoas disseram admirar o próprio pastor.



Bios

Jaison, índio Guarani, é casado com uma moça Kaiwá e assumiu há pouco tempo o Seminário Bíblico Indígena Kaiwá, organização ligada à Missão Kaiwá, em Dourados, MS.


Lucas, 28, presbiteriano, é procurador federal no interior de São Paulo e líder em igreja local.



Ronilso, 32, negro, é casado e congrega na Comunidade S8. Mora no Rio de Janeiro e está desempregado. Atua na RENAS Jovem, na igreja local e na escola de missões urbanas Verbalizando Cristo. Acaba de ganhar uma bolsa para estudar teologia na PUC.



Leidy, 28, frequenta a Igreja Cristã Evangélica de Ananindeua, PA, é agrônoma e mestranda da Universidade Federal da Amazônia, em Belém do Pará. Desde a adolescência, é muito envolvida com o trabalho missionário e a igreja local.



Márcia, 22, é estudante de dança na UFRJ e mora na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. De família de classe média, frequenta a Assembleia de Deus e participa do ministério de coreografia. Nos fins de semana, frequenta bailes funks de Cristo. Sua igreja promove festas depois do culto de domingo à noite, com jogos de luz, hinos remixados e DJs.



Eude, 32, formada em ciências da religião e psicologia, é paraense, mas mora no Amapá. É muito envolvida com a igreja local e com missões.



Mateus, 23, é formado em comunicação e saiu de Belo Horizonte para morar em Alto Paraíso, GO, onde, com outros amigos e com a orientação da Igreja Caverna de Adulão, evangeliza hippies.



Bernardo, 17, mora em Brasília e é candidato à universidade. Há quatro anos dirige uma célula de adolescentes da Comunidade Sara Nossa Terra e participa da equipe de louvor.



Rodrigo, 32, é casado, tem um filho e mora no Rio de Janeiro. Formado em publicidade, é diretor executivo da Base, missão formada por nove casais jovens que auxiliam outras missões.



Solange, 23, mora em um sítio na zona rural de Paula Cândido, MG, e estudou até a oitava série. Ela, os pais e os sete irmãos frequentam a Assembleia de Deus e vão a todos os cultos, de charrete ou a pé. Trabalha na mocidade, no círculo de oração, no evangelismo e na ministração de hinos da Harpa Cristã. Segue fielmente os costumes da igreja. Sonha em fazer medicina.



Heide, 24, cursa engenharia civil na Universidade Federal de Viçosa. Mora em alojamento estudantil e parte de seu sustento vem da bolsa de atividades para alunos carentes. Participa das atividades da mocidade da sua igreja.



Franqueline, 29, é assistente social e mora em Maceió, AL. Além do seu trabalho, é articuladora da Rede Fale em Alagoas e envolvida na igreja Batista onde congrega.



Marlene, 24, mora em Riacho Fundo, região satélite de Brasília. Engravidou aos 19 anos e parou de estudar. Trabalha como doméstica, gosta de ajudar no louvor e dar aulas na escola dominical.



Moysés, 17, é negro e mora numa república. Natural de Bom Jesus do Itabapoana, RJ, sonha com uma vaga no curso de direito em uma universidade federal. Violinista nato e sempre de bom humor, é membro ativo da Mocidade Presbiteriana de Viçosa.



Francelise, 28, mora em Florianópolis, SC. É enfermeira e trabalha num hospital infantil. Formada em missão integral pelo Centro Evangélico de Missões, frequenta a igreja Batista e é voluntária numa ONG cristã que trabalha com desenvolvimento comunitário.



Eric (ou Peruca), 26, casado, de origem metodista wesleyana, nunca se desviou do evangelho. É um dos líderes da Missão Avalanche em Vitória, ES. É missionário biocupacional: trabalha como tatuador e evangeliza jovens underground.


Vi no http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/326/bios

Coração, juventude e fé: quem são, o que pensam e o que fazem os jovens evangélicos





“Juventudes” é um termo cunhado para expressar que as pessoas entre 15 e 24 anos (critério da ONU), ou entre 14 e 30 anos, faixa etária usada pelo Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), apesar de fazerem parte do grupo “juventude”, não apresentam muitas características comuns a todos. Elas vivem realidades diferentes e se apresentam em subgrupos. O mesmo acontece com os evangélicos: as juventudes são muitas e diversas!
No início do Ano Internacional da Juventude (agosto de 2010 a agosto de 2011) lançado pela ONU, e um ano depois do Ano das Juventudes na Ultimato, dedicamos a matéria de capa desta edição aos jovens.
Os textos e as análises da pesquisa “Juventude evangélica: crenças, valores, atitudes e sonhos” são da autoria de Daniela Cabral (25), Paula Mendes (28o ), Lucas Rolim (23) e Klênia Fassoni (49), exceto quando o nome do autor é mencionado.



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Nossa Atitude Faz Diferença




Rick Boxx




Algumas vezes as explicações surgem em momentos inesperados. Pouco tempo atrás passei por uma experiência constrangera ao visitar um restaurante "fast-food". A área de alimentação estava suja e necessitando desesperadamente de meticulosa limpeza. A equipe de funcionários aparentava indiferença e hostilidade. Fiquei imaginando: "O que há de errado com este lugar?"



Sem sombra de dúvida os donos tinham pago a mesma taxa de franquia e os funcionários recebido o mesmo treinamento das demais lojas da rede. Ofereciam os mesmos produtos e os procedimentos eram idênticos a qualquer outro restaurante da franquia. Estava certo que administração ineficiente era um dos motivos, mas não estava convencido que este fosse o único fator responsável pela sua má performance. Então, ocorreu-me que o problema fundamental fosse atitude. Por alguma razão, aquele restaurante e seus funcionários pareciam afligidos por atitude negativa e espírito de derrota.



Imagine alguém criado em um ambiente em que sempre lhe disseram que ele era burro. Ao atingir a idade de trabalhar estaria convencido ser realmente burro e incompetente. Tudo o que poderia desejar seria sobreviver. Esse restaurante parecia cheio de pessoas assim: meros sobreviventes, não realizadoras. Convencidos de que eram incapazes de ser bem-sucedidos, o único objetivo era chegar ao dia seguinte com o menor esforço possível.

É incrível a diferença que nossa atitude faz ao enfrentarmos cada dia e o que somos capazes de realizar. A Bíblia diz:"Porque, como imaginou na sua alma, assim é" (Provérbios 23.7). A perspectiva que temos a nosso respeito e das circunstâncias que nos cercam pode exercer impacto tremendo sobre o que fazemos, como o fazemos e a forma como é avaliado por outros.



Você é um sobrevivente que deseja tornar-se um realizador, ou abriga pensamentos negativos e destrutivos sobre o passado? Faça um esforço, com a ajuda de Deus, para transformar sua mente, adotando nova atitude em relação a si mesmo e à situação em que se encontra. Você pode começar mantendo foco sobre a verdade. Filipenses 4.8 diz: "Tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas."



Anos atrás consultores e preletores motivacionais falavam muito sobre o "poder do pensamento positivo". Esse "poder" tem seus limites. É preciso mais do que pensar positivamente para se tornar um atleta de nível mundial, um vendedor de primeira linha, ou um executivo altamente respeitado. Porém, uma atitude negativa, sem dúvida, impede as pessoas de alcançarem objetivos elevados.



Conta-se a história de dois escultores a quem perguntaram o que estavam fazendo. Um deles respondeu: "Estou cortando pedras em blocos." O outro deu uma resposta totalmente diferente:"Faço parte de uma equipe que está construindo uma catedral."



Ao encarar seu trabalho hoje, o que você estará fazendo: simplesmente cortando pedras em blocos, ou participando da construção de uma catedral?




Questões Para Reflexão ou Discussão



1) Qual atitude prevalecente no local onde você trabalha? As pessoas são positivas e entusiásticas, ou negativas, reprimidas e egocêntricas? Que fatores, em sua opinião, influenciam essa atitude?



2) Qual sua atitude em relação ao seu trabalho e sua vida em geral?



3) Que acha da afirmação: "Como a pessoa pensa em seu coração, assim ela é"?



4) O que você vai fazer hoje: entalhar blocos ou participar da construção de uma catedral? Como você pode influenciar a atitude das pessoas que trabalham com você?



Se desejar considerar outras passagens da Bíblia sobre o tema veja: Provérbios 12.25; 22.29; Mateus 25.14-23; Colossenses 3.17,23.


MANÁ DA SEGUNDA
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